PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
Proposta de
atividade vincula à disciplina Linguística com a orientação
da Profª Ana Lucia e sob coordenação da Profª Joana Ormundo.
Grupo de
letras - Campus Vergueiro
Universidade
Paulista UNIP - SP
DICIONÁRIO DE TERMOS DA LINGUÍSTICA
Este dicionário visa
reunir os diversos termos utilizados no curso de Letras seguindo vários autores
e linhas teóricas das ciências da linguagem e seus segmentos.
ØAlofone
– Mudanças fonéticas
no uso efetivo pelos falantes que fogem as regras estabelecidas pela gramática
normativa ou pelas convenções ortográficas.
ØAlomorfe
– Mudanças na forma
das palavras que fogem as regras da gramática normativa ou convenções
ortográficas.
ØAparelho da linguagem – Parte do cérebro onde residem as
regras gerais de funcionamento de todas as línguas. Conforme um indivíduo tem
contato com uma língua específica o aparelho é acionado para localizar as
regras referentes a esta língua em questão, assim o indivíduo é capaz de
aprendê-la em pouco tempo (ver “gerativismo”).
ØConsoante
– São os sons
expelidos com algum tipo de obstrução (ver “ponto de articulação”).
ØDesfocalização – Recurso de construção textual que
permite desfocalizar algo que estava sendo dito introduzindo um novo objeto.
Aquilo que foi desfocaliazado pode ser retomado ou “esquecido” no texto.
ØDiacronia
– Estudo de fenômenos
sociais e culturais em função do tempo, isto é, sua evolução.
ØDígrafo
– Quando duas letras
representam um som.
ØEncapsulamento – Recurso de construção textual que
agrupa vários termos resumindo-os a apenas uma característica ou nome.
ØEstruturalismo – Corrente teórica que vê a língua como
uma estrutura de signos e sentidos que podem ser descritos e analisados.
ØFone
– Menor unidade de
som de uma língua desprovido de significado e passível de representação (ver
“fonema”).
ØFonema
– Representação da
menor unidade de som de uma língua, com valor distintivo e desprovido de
significado (ver “fone”).
ØFonética
– Área de estudos e
classificações dos sons da fala.
oF.
Acústica: Trata dos
aspectos físicos dos sons, sua dispersão, propagação e etc.;
oF.
Articulatória: Trata
dos movimentos, ações e disposições do aparelho fonador;
oF.
Auditiva: Trata das
maneias como os sons são recebidos no aparelho auditivo;
oF.
Experimental/Instrumental:
Trata dos instrumentos tecnológicos que atuam nas propriedades dos sons.
ØFonologia
– Estuda os aspectos
no uso dos sons e suas variantes (ver “alofone”).
oF.
Autossegmental:
Afirma que os acentos e entonações são autônomos em relação à estrutura das
frases;
oF.
Lexical: Afirma que
alguns fenômenos fonológicos fazem parte do léxico;
oF.
Métrica: Afirma que a
organização hierárquica “consoante-vogal” não depende da frase;
oF. Segmental: Estuda os
segmentos da fala, isto é, seus fones, fonemas e alofones;
oF. Suprassegmental:
Estuda os segmentos sonoros em conjunto com os segmentos sintáticos.
ØFuncionalismo – Corrente teórica que estuda a língua
em uso efetivo (pragmático), isto é, leva em consideração todas as situações de
comunicação entre os falantes.
ØGerativismo – Linha teórica que estuda as
estruturas produzidas pelo aparelho da linguagem e as descreve (ver “gramática
gerativa” e “aparelho da linguagem”).
ØGramática
– São os aspectos
estruturais no funcionamento da língua nos níveis fonético/fonológico,
morfológico, sintático e semântico.
oG.
Comparativa: Estudo
que compara dois ou mais tipos de gramáticas;
oG.
Descritiva/Expositiva:
Descreve de maneira objetiva as diversas variantes de um dado momento, isto é,
estudo sincrônico da estrutura de uma língua;
oG.
Gerativa: Descreve a
língua segundo regras fixas capazes de gerar todas as frases gramaticais dessa
língua (ver “aparelho da linguagem”);
oG.
Histórica: Estudo
diacrônico ou pancrônico da estrutura de uma língua;
oG.
Materna/Interna: Todo
conhecimento gramatical adquirido pelo indivíduo desde seu nascimento. É também
o principal objeto de estudos sociolinguísticos;
oG.
Normativa/Prescritiva/Tradicional:
Conjunto de regras que unificam o “bem falar e escrever” estabelecendo a
chamada “norma culta” como variante de prestígio;
oG.
Reflexiva/Teórica:
Estuda de maneira ampla a estrutura da língua deixando pontos em aberto para
reflexão;
oG.
Universal: Conjunto
de princípios universais presentes no funcionamento de todas as línguas.
ØGramema
- Morfema
ou vocábulo pertencente ao inventário fechado da língua.
ØLetra
– Tentativa de
representação gráfica dos sons de uma língua.
ØLexema
– Vocábulo
pertencente ao inventário aberto da língua.
ØLéxico – Palavra antes do uso, ou seja,
repertório mental de termos de uma língua (ver “palavra”).
ØLíngua
– Sistema heterogêneo
de comunicação que tenha um código verbal estabelecido entre seus falantes.
ØLinguagem
– Qualquer conjunto
de símbolos de caráter comunicativo. Ex: Dança, musicalidade, escrita, sinais
de fumaça, gestos, etc.
ØLinguística
– Ciência que estuda
os princípios gerais e particulares do funcionamento e evolução das línguas.
ØMáximas
conversacionais – São
as características que regem as situações comunicativas quanto a sua eficácia.
oInformatividade:
Grau de contribuição
para com o leitor ou ouvinte, isto é, nível de informações novas;
oModo/Clareza: Grau de respeito aos fatores coesivos
de construção;
oPolidez/Adequação: Grau de adequação da linguagem na
situação comunicativa, ou seja, nível de (in) formalidade;
oRelação/Pertinência: Grau de respeito a lógica interna do
texto;
oQualidade/Veracidade: Grau de objetividade ou subjetividade
no texto.
ØMorfema
– Unidade mínima
carregada de significado.
oM.
Classificatório:
Vogais temáticas nominais e verbais/vogais atemáticas, consoantes e tônicas;
oM.
Derivacional:
Morfemas que ajudam a criar palavras (afixos);
oM.
Flexional Aditivo cumulativo:
Dois ou mais acréscimos para indicar a mesma informação;
oM.
Flexional Aditivo:
Acréscimo de um morfema ou fonema para indicar uma informação;
oM.
Flexional Alternativo:
Troca de fones que indicam mudanças significativas;
oM.
Flexional Latente:
Somente o contexto pode indicar informações como gênero e número;
oM.
Flexional Substrativo:
Supressão de fones que indicam mudanças significativas;
oM.
Flexional Zero: A
ausência de um morfema indica a informação;
oM.
Relacional: Morfemas
que relacionam os períodos.
ØNominalização – Recurso de construção textual que
particulariza um termo de maneira impessoal (semema).
ØPalavra – Termo genérico utilizado para se
referir aos símbolos verbais de comunicação, ou código de uma língua.
ØPancronia
– Estudo de fenômenos
sociais e culturais tanto em momentos específicos quanto em sua evolução.
ØPonto
de articulação –
Maneira como os sons consonantais são obstruídos e quais as partes envolvidas
nessa obstrução.
oSom
Alveolar: Quando a
lâmina toca os alvéolos;
oSom
Bilabial: Quando os
lábios se tocam;
oSom
Labiodental: Quando os
dentes inferiores tocam o lábio superior;
oSom
Linguodental/Dental:
Quando a ápice toca os dentes superiores;
oSom
Palatal: Quando a
lâmina toca o palato duro;
oSom
Velar: Quando a
lâmina toca o véu palatino.
ØPosto – Enunciado escrito, dito ou explícito.
ØPressuposto – Aquilo que ocorreu ou deve ser
entendido como já acontecido para dar sentido ao texto. Ex: “Erick parou de
fumar” – pressupõe-se que o Erick fumava.
ØRecategorização - Recurso de construção textual que muda
um termo de sua categoria, isto é, deixa de ser uma coisa e passa a ser outra.
ØReferênciação – Recurso de construção textual que
consiste em relacionar termos já ditos ou antecipá-los.
oRetomada
Anafórica: Refere-se a algum termo dito anteriormente no texto;
oRetomada
Catafórica: Refere-se a algum termo ainda não dito no texto, ou seja, antecipa
este termo.
ØRotulação – Recurso de construção textual que
avalia um termo e lhe atribuí características, nomes ou mesmo rótulos de
maneira pessoal (virtuema).
ØSemivogal
– Sons vocálicos
considerados “fracos” que em Língua Portuguesa não podem formar sílabas sem a
presença de uma vogal.
ØSigno – Toda unidade dotada de três níveis
interpretativos: categorema, semema e virtuema.
ØSincronia
– Estudo de fenômenos
sociais e culturais num dado momento ou época específica.
ØSubentendido – Aquilo que se espera que o leitor ou
ouvinte perceba ao ter contato com o texto, ou seja, informações de
consequência. Ex: “Se Pedro não vier, Jacques não partirá” – subentende-se que
“Se Pedro vier, Jacques partirá”.
ØVariação
Linguística –
Diversas modalidades de uso de uma mesma língua que garantem sua diversidade e
evolução.
oV.
Diafásica: Grau de
(in)formalidade, contexto comunicativo;
oV.
Diamésica: Diferenças
entre oralidade e escrita;
oV.
Diastrática: Aspectos
sociais, econômicos, culturais, faixa etária, etc;
oV.
Diatópica: Caráter
geográfico.
ØVocábulo – “Palavra” em, isto é, escrita ou
falada (ver “palavra”).
ØVogal
– São sons expelidos
sem obstruções.
oV.
Abertas: Cujo som é agudo;
oV.
Fechadas: Cujo som é grave;
oV.
Orais: Quando o som sai completamente pela boca;
oV.
Nasais: Quando parte do som sai pelo nariz.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BAGNO, Marcos. A norma culta. São Paulo: Editora Parábola, 2007.
CANÇADO, Márcia. Manual de semântica: noções básicas e exercícios. São Paulo:
Editora Contexto, 2011.
CRISTÓFARO, S. T. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de
exercícios. 9. Ed. São Paulo:
Editora Contexto, 2007.
DUCROT, Oswald. O dizer e o dito. São Paulo: Editora Pontes, 1987.
FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à linguística. Vol. I e II.
São Paulo: Editora Contexto, 2006/2007.
FIORIN, J. L. Elementos de Análise do Discurso. São Paulo: Editora Contexto,
2005.
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS,
Vanda Maria. Ler e compreender: os
sentidos do texto. São Paulo: Editora Contexto, 2006.
Novíssimo
Aulete dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa /
Caldas Aulete; [organizador Paulo Geiger]. Rio de Janeiro: Editora Lexikon,
2011.
PERINI, M. Princípios de linguística descritiva: introdução ao pensamento
gramatical. São Paulo: Editora Parábola, 2006.
TRAVAGLIA, Luiz & KOCH, Ingedore. A coerência textual. São Paulo: Editora
Contexto, 2008.
Postado em 16/05/2016
Por: Erick Oliveira da Silva, RA: C646EI-3