segunda-feira, 16 de maio de 2016

PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

 Proposta de atividade vincula à disciplina Linguística com a orientação da Profª Ana Lucia e sob coordenação da Profª Joana Ormundo.
Grupo de letras - Campus Vergueiro
Universidade Paulista UNIP - SP

DICIONÁRIO DE TERMOS DA LINGUÍSTICA

Este dicionário visa reunir os diversos termos utilizados no curso de Letras seguindo vários autores e linhas teóricas das ciências da linguagem e seus segmentos. 

ØAlofone – Mudanças fonéticas no uso efetivo pelos falantes que fogem as regras estabelecidas pela gramática normativa ou pelas convenções ortográficas.

ØAlomorfe – Mudanças na forma das palavras que fogem as regras da gramática normativa ou convenções ortográficas.


ØAparelho da linguagem – Parte do cérebro onde residem as regras gerais de funcionamento de todas as línguas. Conforme um indivíduo tem contato com uma língua específica o aparelho é acionado para localizar as regras referentes a esta língua em questão, assim o indivíduo é capaz de aprendê-la em pouco tempo (ver “gerativismo”).

ØConsoante – São os sons expelidos com algum tipo de obstrução (ver “ponto de articulação”).


ØDesfocalização – Recurso de construção textual que permite desfocalizar algo que estava sendo dito introduzindo um novo objeto. Aquilo que foi desfocaliazado pode ser retomado ou “esquecido” no texto.

ØDiacronia – Estudo de fenômenos sociais e culturais em função do tempo, isto é, sua evolução.


ØDígrafo – Quando duas letras representam um som.

ØEncapsulamento – Recurso de construção textual que agrupa vários termos resumindo-os a apenas uma característica ou nome.


ØEstruturalismo – Corrente teórica que vê a língua como uma estrutura de signos e sentidos que podem ser descritos e analisados.

ØFone – Menor unidade de som de uma língua desprovido de significado e passível de representação (ver “fonema”).


ØFonema – Representação da menor unidade de som de uma língua, com valor distintivo e desprovido de significado (ver “fone”).

ØFonética – Área de estudos e classificações dos sons da fala.
oF. Acústica: Trata dos aspectos físicos dos sons, sua dispersão, propagação e etc.;
oF. Articulatória: Trata dos movimentos, ações e disposições do aparelho fonador;
oF. Auditiva: Trata das maneias como os sons são recebidos no aparelho auditivo;
oF. Experimental/Instrumental: Trata dos instrumentos tecnológicos que atuam nas propriedades dos sons.

ØFonologia – Estuda os aspectos no uso dos sons e suas variantes (ver “alofone”).
oF. Autossegmental: Afirma que os acentos e entonações são autônomos em relação à estrutura das frases;
oF. Lexical: Afirma que alguns fenômenos fonológicos fazem parte do léxico;
oF. Métrica: Afirma que a organização hierárquica “consoante-vogal” não depende da frase;
oF. Segmental: Estuda os segmentos da fala, isto é, seus fones, fonemas e alofones;
oF. Suprassegmental: Estuda os segmentos sonoros em conjunto com os segmentos sintáticos.

ØFuncionalismo – Corrente teórica que estuda a língua em uso efetivo (pragmático), isto é, leva em consideração todas as situações de comunicação entre os falantes.

ØGerativismo – Linha teórica que estuda as estruturas produzidas pelo aparelho da linguagem e as descreve (ver “gramática gerativa” e “aparelho da linguagem”).


ØGramática – São os aspectos estruturais no funcionamento da língua nos níveis fonético/fonológico, morfológico, sintático e semântico.
oG. Comparativa: Estudo que compara dois ou mais tipos de gramáticas;
oG. Descritiva/Expositiva: Descreve de maneira objetiva as diversas variantes de um dado momento, isto é, estudo sincrônico da estrutura de uma língua;
oG. Gerativa: Descreve a língua segundo regras fixas capazes de gerar todas as frases gramaticais dessa língua (ver “aparelho da linguagem”);
oG. Histórica: Estudo diacrônico ou pancrônico da estrutura de uma língua;
oG. Materna/Interna: Todo conhecimento gramatical adquirido pelo indivíduo desde seu nascimento. É também o principal objeto de estudos sociolinguísticos;
oG. Normativa/Prescritiva/Tradicional: Conjunto de regras que unificam o “bem falar e escrever” estabelecendo a chamada “norma culta” como variante de prestígio;
oG. Reflexiva/Teórica: Estuda de maneira ampla a estrutura da língua deixando pontos em aberto para reflexão;
oG. Universal: Conjunto de princípios universais presentes no funcionamento de todas as línguas.

ØGramema -  Morfema  ou vocábulo pertencente ao inventário fechado da língua.

ØLetra – Tentativa de representação gráfica dos sons de uma língua.


ØLexema – Vocábulo pertencente ao inventário aberto da língua.

ØLéxico – Palavra antes do uso, ou seja, repertório mental de termos de uma língua (ver “palavra”).


ØLíngua – Sistema heterogêneo de comunicação que tenha um código verbal estabelecido entre seus falantes.

ØLinguagem – Qualquer conjunto de símbolos de caráter comunicativo. Ex: Dança, musicalidade, escrita, sinais de fumaça, gestos, etc.


ØLinguística – Ciência que estuda os princípios gerais e particulares do funcionamento e evolução das línguas.

ØMáximas conversacionais – São as características que regem as situações comunicativas quanto a sua eficácia.
oInformatividade: Grau de contribuição para com o leitor ou ouvinte, isto é, nível de informações novas;
oModo/Clareza: Grau de respeito aos fatores coesivos de construção;
oPolidez/Adequação: Grau de adequação da linguagem na situação comunicativa, ou seja, nível de (in) formalidade;
oRelação/Pertinência: Grau de respeito a lógica interna do texto;
oQualidade/Veracidade: Grau de objetividade ou subjetividade no texto.

ØMorfema – Unidade mínima carregada de significado.
oM. Classificatório: Vogais temáticas nominais e verbais/vogais atemáticas, consoantes e tônicas;
oM. Derivacional: Morfemas que ajudam a criar palavras (afixos);
oM. Flexional Aditivo cumulativo: Dois ou mais acréscimos para indicar a mesma informação;
oM. Flexional Aditivo: Acréscimo de um morfema ou fonema para indicar uma informação;
oM. Flexional Alternativo: Troca de fones que indicam mudanças significativas;
oM. Flexional Latente: Somente o contexto pode indicar informações como gênero e número;
oM. Flexional Substrativo: Supressão de fones que indicam mudanças significativas;
oM. Flexional Zero: A ausência de um morfema indica a informação;
oM. Relacional: Morfemas que relacionam os períodos.

ØNominalização – Recurso de construção textual que particulariza um termo de maneira impessoal (semema).

ØPalavra – Termo genérico utilizado para se referir aos símbolos verbais de comunicação, ou código de uma língua.


ØPancronia – Estudo de fenômenos sociais e culturais tanto em momentos específicos quanto em sua evolução.

ØPonto de articulação – Maneira como os sons consonantais são obstruídos e quais as partes envolvidas nessa obstrução.
oSom Alveolar: Quando a lâmina toca os alvéolos;
oSom Bilabial: Quando os lábios se tocam;
oSom Labiodental: Quando os dentes inferiores tocam o lábio superior;
oSom Linguodental/Dental: Quando a ápice toca os dentes superiores;
oSom Palatal: Quando a lâmina toca o palato duro;
oSom Velar: Quando a lâmina toca o véu palatino.

ØPosto – Enunciado escrito, dito ou explícito.

ØPressuposto – Aquilo que ocorreu ou deve ser entendido como já acontecido para dar sentido ao texto. Ex: “Erick parou de fumar” – pressupõe-se que o Erick fumava.

ØRecategorização - Recurso de construção textual que muda um termo de sua categoria, isto é, deixa de ser uma coisa e passa a ser outra.


ØReferênciação – Recurso de construção textual que consiste em relacionar termos já ditos ou antecipá-los.
oRetomada Anafórica: Refere-se a algum termo dito anteriormente no texto;
oRetomada Catafórica: Refere-se a algum termo ainda não dito no texto, ou seja, antecipa este termo.

ØRotulação – Recurso de construção textual que avalia um termo e lhe atribuí características, nomes ou mesmo rótulos de maneira pessoal (virtuema).

ØSemivogal – Sons vocálicos considerados “fracos” que em Língua Portuguesa não podem formar sílabas sem a presença de uma vogal.


ØSigno – Toda unidade dotada de três níveis interpretativos: categorema, semema e virtuema.

ØSincronia – Estudo de fenômenos sociais e culturais num dado momento ou época específica.


ØSubentendido – Aquilo que se espera que o leitor ou ouvinte perceba ao ter contato com o texto, ou seja, informações de consequência. Ex: “Se Pedro não vier, Jacques não partirá” – subentende-se que “Se Pedro vier, Jacques partirá”.

ØVariação Linguística – Diversas modalidades de uso de uma mesma língua que garantem sua diversidade e evolução.
oV. Diafásica: Grau de (in)formalidade, contexto comunicativo;
oV. Diamésica: Diferenças entre oralidade e escrita;
oV. Diastrática: Aspectos sociais, econômicos, culturais, faixa etária, etc;
oV. Diatópica: Caráter geográfico.

ØVocábulo – “Palavra” em, isto é, escrita ou falada (ver “palavra”).

ØVogal – São sons expelidos sem obstruções.
oV. Abertas: Cujo som é agudo;
oV. Fechadas: Cujo som é grave;
oV. Orais: Quando o som sai completamente pela boca;
oV. Nasais: Quando parte do som sai pelo nariz.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BAGNO, Marcos. A norma culta. São Paulo: Editora Parábola, 2007.

CANÇADO, Márcia. Manual de semântica: noções básicas e exercícios. São Paulo: Editora Contexto, 2011.

CRISTÓFARO, S. T. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 9. Ed. São Paulo: Editora Contexto, 2007.

DUCROT, Oswald. O dizer e o dito. São Paulo: Editora Pontes, 1987.

FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à linguística. Vol. I e II. São Paulo: Editora Contexto, 2006/2007.

FIORIN, J. L. Elementos de Análise do Discurso. São Paulo: Editora Contexto, 2005.

KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Editora Contexto, 2006.

Novíssimo Aulete dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa / Caldas Aulete; [organizador Paulo Geiger]. Rio de Janeiro: Editora Lexikon, 2011.

PERINI, M. Princípios de linguística descritiva: introdução ao pensamento gramatical. São Paulo: Editora Parábola, 2006.

TRAVAGLIA, Luiz & KOCH, Ingedore. A coerência textual. São Paulo: Editora Contexto, 2008.

Postado em 16/05/2016
Por: Erick Oliveira da Silva, RA: C646EI-3 

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